Guerra Fria, 11 de setembro e o fim do sonho americano

ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO EM 10 CENAS CURTAS


1) Primeira Guerra Mundial: grande aumento da produção industrial estadunidense, especialmente de armas;
2) Fim da Primeira Guerra: reconversão da indústria bélica à civil;
3) Anos 1920: aumento da produção industrial e agrícola estadunidense;
4) Anos 1929-1933: Grande Depressão (uma crise gerada pela superprodução);
5) Segunda Guerra mundial: idem a (1)
6) Fim da II GM: receio de se reconverter a indústria bélica para não repetir (3) e (4). Necessidade de se manter os gastos militares, porém o Nazismo foi derrotado. Ideia genial: cria-se um novo inimigo, a terrível URSS que ameaça "conquistar o mundo" para o comunismo. Cinema e meios de comunicação colaboram para população estadunidense apoiar altos gastos militares. Os demais países ocidentais são forçados a entrar na órbita militar dos EUA em busca de "proteção".
7) Fim da Guerra Fria e Governo Clinton: decréscimo substancial dos gastos militares do governo, para grande insatisfação do Complexo Industrial Militar.
8) Setembro de 2000: Institute for a New American Century publica documento que trata da necessidade de um evento "semelhante a Pearl Harbor" para os EUA voltarem a exercer hegemonia mundial (e especialmente sobre a região central da Eurásia, onde se encontram as grandes reservas energéticas do Golfo Pérsico, Irã-Iraque e Mar Cáspio);
9) 11 Setembro de 2001: "América é atacada". A última vez tinha sido em 1941, quando os japoneses atacaram Pearl Harbor, levando os EUA a entrarem na Segunda Guerra Mundial. Logo: uma nova guerra teria de ser declarada. Ideia genial: cria-se um novo inimigo: o satânico vilão malvado perverso e feio que por coincidência vive bem em cima das reservas citadas em (8): o muçulmano.
10) De setembro de 2001 a setembro de 2011: com a "Guerra ao Terror", os gastos militares dos EUA crescem exponencialmente, atingindo valores estratosféricos e comprometendo qualquer esforço de responsabilidade fiscal do governo. Somados aos estímulos posteriores à crise de 2008, fizeram a dívida pública aumentar de 5 a 14 trilhões de dólares e a receita federal passar de superavitária a deficitária, ao que se uniu o endividamento excessivo das famílias e empresas. É o fim do "sonho americano".

FIM

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